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A MINHA LISBOA (2014) 

 

A ideia de iluminar as ruas de Lisboa surgiu no reinado de D. Maria I. Mas nessa época usavam-se candeeiros alimentados a azeite, que proporcionavam uma luz ténue. Mais tarde, o azeite foi substituído por óleo de purgueira ou de baleia ou por petróleo, menos dispendioso mas com um cheiro muito desagradável.

 

Em 1848 apareceram os primeiros candeeiros de rua alimentados a gás. Em 1878 inauguraram-se os primeiros candeeiros elétricos no Chiado quando o rei D. Luís ofereceu à Câmara Municipal seis candeeiros de lâmpadas de arco tipo Jablochkoff, que tinham sido usados pela primeira vez, a 28 de setembro desse ano, na Cidadela de Cascais, por ocasião das festas de aniversário do príncipe D. Carlos. Eram só seis e foram motivo de pasmo e de muita discussão. Houve quem na época desconfiasse da novidade e garantisse que prejudicava a saúde. Apesar dos protestos, finalmente, em maio de 1889, a iluminação eléctrica é instalada em definitivo no Chiado, rua do Ouro, praças D. Pedro IV, do Município e dos Restauradores e na avenida da Liberdade, movimentando as famílias e a circulação das pessoas pela zona nobre da baixa, atraídas pela novidade e pelo progresso, tecendo-se comparações com a moderna cidade de Paris. Era o fim da lamparina como se apregoava na ruas de Lisboa. Mas, só em 1902 se generalizou a iluminação elétrica nas ruas. No entanto, durante a primeira República é que a eletricidade foi ganhando lugar dentro de casa. No início, apenas em casas ricas por ser considerada um luxo, mas em 1917, quando Portugal entrou na primeira guerra mundial e foi necessário poupar energia, diminuiu-se a iluminação pública em Lisboa, pelo que as noites na capital voltaram a ser mais escuras e mais perigosas.

Fontes: agenda 2016, CML, "366 dias para viver em Lisboa"

http://revelarlx.cm-lisboa.pt

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